sexta-feira, 12 de agosto de 2005

Corrupção x conspiração

A corrupção denunciada por uma gravação feita com um dirigente dos Correios recebendo 3 mil reais em espécie, de lobistas que manifestavam interesses de prestar serviços à estatal, disparou uma série de denúncias entre os partidos da base aliada do governo Lula. A medida que as investigações avançam, maiores são as ramificações do duto da corrupção.

O presidente insiste em afirmar que está em curso uma conspiração das elites de direita contra o seu governo. Os seus assessores seguem a mesma linha. Os discursos são feitos exaustivamente e em nenhum instante menciona-se a corrupção que encontra-se no seio dos vários órgãos governamentais ou estatais e gerada pelos próprios aliados!

Se há ou não, método nesta reação do presidente e aliados, é muito difícil de compreender os fins que se propõem atingir. Ou, talvez, o objetivo seja não explicitar. Protelar e distorcer para confundir. Dividir e tergiversar. Omitir e manter a panela quente. É uma aposta de alto risco.

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quinta-feira, 11 de agosto de 2005

Transparência

O então candidato Lula assumiu compromisso com a Transparência Internacional de combater a corrupção. Antes dos escandalos, nossos índices de percepção eram extremamente ruins. Efetivamente, o governo Lula não vem cumprindo com o prometido antes de sua eleição. Ao contrário, afrouxou os instrumentos de contrôle da máquina pública para que dela pudessem participar simpatizantes do seu partido ao invés de melhorar os critérios de contratação.

Inflou o número de ministros e assessores de confiança, aumentou a quantidade de famílias atendidas sem exigências de contrapartidas, não realizou as reformas necessárias para reduzir a burocracia e tributos, centralizou as decisões no Planalto (sabidamente, difícil de serem executadas). Estas, entre outras, permitem a proliferação de atos de corrupção.

A corrupção existe em qualquer lugar no mundo. Onde ela tem maiores condições de sucesso, reduz a possibilidade de crescimento social. De fato, retira recursos ilicitamente, que poderiam ser aplicados em benefício de todos. O controle e punição resgata os recursos e ao mesmo tempo, coibe novos atos similares.

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terça-feira, 9 de agosto de 2005

O cansaço vence a esperança

Para quem acompanha diariamente os noticiários, a exaustão dos fatos políticos repetidos está provocando um cansaço danado. Governistas defendendo Lula e os seus aliados, a oposição martelando o mar de corrupção, os depoentes das várias comissões alegando que não sabem e nem viram nada, etc...

Um passo adiante está difícil de ser dado. Ninguém quer se expor aos holofotes e tambem sofrerem ataques dirigidos por sua apresentação. Para nosso frágil equilíbrio, qualquer atitude mais forte pode provocar oscilação não desejada por todos. Os vários pronunciamentos fortes do presidente em ambientes favoráveis ao seu governo são exemplos muito bem orientados por assessores que desejam a manutenção do status quo atual.

Especialistas políticos alertam moderadamente, o perigo que o mandatário esteja sendo mal orientado para estas ações. Acreditam que o ato presidencial seja para o público que não lê, depende da assistência governamental para sobreviver, somente equilibra-se em fatos não explicados.

A elite teme o desequilíbrio. Qualquer alteração não planejada pode afetar seriamente toda a sociedade. Entretanto, não tem claramente idéia de como agir em situações como estamos vivendo. Muito do que foi construido no Brasil dependeu de ações dos governos centrais que tivemos. Países em que o bem estar é proporcionado a todos, tiveram e ainda tem dificuldades muito grandes para sustentar ou melhorar o seu bom funcionamento.

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POLÍTICA DE PRIVACIDADE

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