sábado, 1 de outubro de 2005

Albergue 24 horas

Deu no Diário de São Paulo de hoje:

Albergue ficará aberto 24 horas por dia a partir de outubro

Maíra Teixeira


Está em elaboração, na Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, um projeto que prevê a criação de albergues que funcionarão durante 24 horas por dia.

O programa deve ser implementado, de forma experimental, até o fim de outubro, conforme informou o secretário Floriano Pesaro.

A princípio, a idéia é que os albergues que dispõem de maior espaço físico sejam adequados para o funcionamento tanto durante o dia e quanto durante o período noturno.

“O prefeito [José Serra] já liberou R$ 10 milhões a mais, além da verba anual de R$ 160 milhões por ano, para a criação dos albergues 24 horas e de um sistema de atendimento para os moradores que têm que sair às 7h”, afirmou Pesaro. “Dessa forma, criaremos uma rotina de atividades que estimule a melhora da auto-estima, trabalhe o problema da dependência química e, depois de alguns meses, possa incentivar a volta ao lar e à família”. O secretário afirmou que detalhes do projeto serão divulgados quando a proposta estiver concluída.

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quarta-feira, 28 de setembro de 2005

Me inclua fora dessa

Me engana que eu gosto? Não. Sensatamente ninguém gosta.

A movimentação que está fazendo o governo para cooptar votos ao candidato do governo à presidência da Câmara está sendo feita clara e despudoradamente. O governos e os congressistas cooptados estão trocando interesses para o voto em Aldo Rebelo.

O Partido dos Trabalhadores dito campeão da ética e da política, para mudar tudo que esta aí, esqueceu seu discurso. Aprofundou as práticas que antes condenava. Compra votos deslavadamente dizendo que faz o que sempre foi feito.



E o povo, oras o povo...

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terça-feira, 27 de setembro de 2005

Ducha de água fria

Pra quem gosta de futebol, o escândalo de compra de juízes é um desastre. Embora não seja a primeira vez que acontece no país, num momento de escândalos pipocando no Planalto, a opinião pública está cada vez mais de saco cheio.

Assim não dá! Quem tem que dar bom exemplo, não dá. Imagina só. Se nossas elites (no bom sentido) fazem as estripulias (no mau sentido) que estão sendo noticiadas, o que o povo vai fazer?

Tenho assistido o futebol europeu, que só dá gosto quando os nossos craques jogam. Salvo raríssimas exceções, os outros jogadores são coadjuvantes do espetáculo. A diferença é brutal.

Enquanto isso, na terra brasilis...

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Vocação brasileira

Veja o artigo publicado na Opinião de O Globo de hoje:

Jóia da primavera

XICO GRAZIANO

Cresce na economia rural uma percepção angustiante: não adianta produzir, é preciso vender. Antes, a questão fundamental residia na produção. Sabendo plantar, bastava colher e levar para o consumo. Agora, tornando-se grande exportador de produtos agrícolas, o Brasil depende também do crescimento mundial. Nessas condições, aumentar a produção rural pode se transformar em problema. Vai vender para quem? Com que preços?

A profissionalização do campo exige raciocínio inverso do tradicional: produzir aquilo que vai vender. Fácil de falar, difícil de fazer. Onde se encontra o maior obstáculo?

Paradoxalmente, no extraordinário potencial da agricultura brasileira. Cultivam-se no país 62 milhões de hectares. Estima-se, ainda, que outros 90 milhões possam, com a tecnologia existente, ser aproveitados. Com tanta fronteira a expandir, a maior vantagem pode ser estorvo.

O país desperdiçará sua fabulosa fronteira agrícola se provocar expansão desenfreada sobre as áreas virgens. Mais acertado será realizar planejamento da produção, selecionando o que produzir.

Existem três grandes oportunidades. Primeiro, na produção de proteína animal, incluindo matéria-prima para rações. As nações emergentes irão demandar muita carne. A condição tropical facilita a criação a pasto e, investindo em sanidade, o Brasil será imbatível no mercado de proteína animal.

Segundo, vem aí a era dos biocombustíveis. A agricultura passará a ocupar nova função — a de geradora de energia, através do álcool anidro e do biodiesel. Somando-se as várias alternativas, até 2020 o país poderá ampliar em 50% sua área plantada, ou seja, incorporar mais 30 milhões de hectares à produção. Esse crescimento está longe, como se percebe na futurologia rural, de esgotar o potencial produtivo da agricultura.

Há uma terceira grande oportunidade, freqüentemente esquecida na economia rural. Trata-se da silvicultura. As florestas plantadas geram celulose e papel, fornecem madeira para a movelaria e a construção civil, além do carvão vegetal para uso energético. O déficit de madeira no país é tão preocupante que se aventa a possibilidade de ocorrer um “apagão florestal”. Plantar árvores é o melhor negócio do momento.

O Brasil destina, atualmente, 5,2 milhões de hectares para as florestas plantadas, principalmente eucaliptos e pinus. Tal área poderá se expandir fortemente. As árvores plantadas aqui crescem três vezes mais que nas florestas frias dos concorrentes. O resultado se manifesta na agressividade das exportações de celulose e papel, que deve atingir US$ 3,5 bilhões em 2005. Um show.

Internamente, quanto mais madeira produzir, mais aliviará a pressão sobre a Amazônia. O carvão vegetal, originado de eucaliptos, bota para escanteio o óleo combustível das caldeiras. Móveis com aglomerados de pinus substituem vantajosamente as madeiras de lei. Chega de ripa de peroba nos telhados.

A exuberância das matas nativas permitiu erguer certo preconceito contra as plantações florestais. Alguns as consideram florestas “artificiais”, outros as taxam, pejorativamente, de plantas “exóticas”. Pura bobagem. Artificiais são árvores de plástico; exóticas são todas as espécies cultivadas, como o café, a laranja, o arroz, o feijão. Alguém as condena?

Vale a pena, ao iniciar a primavera, descobrir essa jóia escondida dos agronegócios. Amanhã, o presidente Lula inaugura a Veracel, fábrica de celulose e papel que consumiu investimentos de US$ 1,2 bilhão. Instalada no sul da Bahia, uma região pobre, mais que árvores, planta-se ali o desenvolvimento.

A exclusão se combate, mesmo, gerando empregos. Afora o trabalho direto na indústria, as parcerias florestais garantem renda constante e longa aos agricultores familiares. Plantar árvores forma uma espécie de previdência.

Bom momento para fomentar a silvicultura, livrando-a da tutela do Ibama, dando-lhe a maioridade. Preservar e produzir, simultaneamente, essa é a equação do desenvolvimento sustentável. Com inclusão social.
XICO GRAZIANO é agrônomo e deputado federal (PSDB-SP). xicograziano@terra.com.br.


Temos a vocação. Parece que a gente não sabe.

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segunda-feira, 26 de setembro de 2005

Sabia, não sabia...

Lula sabia ou deveria saber. Afinal, foi para isso que milhões de brasileiros votaram nele.

Na oposição, Lula criticava os governos. Dizia que bastava vontade política para que as coisas acontecessem. No governo, como se vê, nem vontade política e nem gestão são suas marcas.

O conjunto da obra revela toda sua inexperiência tanto em programa de governo como ação para governar. As viagens intermináveis talvez sejam sua válvula de escape - para não demonstrar que não sabe gerir o Estado, esconde-se em discursos dúbios, à vontade do público presente.

O aparelhamento do Estado é causa direta do (des)governo que se instalou.

Antes de falar que este governo faz o que nunca antes tenha sido feito, cabe lembrar que o discurso é de início, vazio.

O que a História vai apresentar a Lula não será abonador:

. Promessas eleitorais não cumpridas;
. Corrupção sistemática;
. Uso privado da coisa pública;
. Desvios éticos e morais;
. Falta de transparência;
. Balcão fisiológico;
. Ortodoxia econômica ao extremo;
. Assistencialismo;
. etc.


A lista acima não para por aí. Lula e o povo brasileiro aprendem as lições da vida da pior maneira possível. Apanhando.

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domingo, 25 de setembro de 2005

A melhor polícia do mundo

O governo alardeia que o país possui a melhor polícia federal do mundo.

O alarde tem sido o que mais tem feito as ações da instituição. Bons e maus alardes. Que existem quadros excelentes não há o que discutir, entretanto, o que os policiais podem fazer dependem de uma série de fatores, entre eles, conjunto de ações e recursos que devem ser providenciados pelos governantes.

Por outro lado, algumas ações da PF tem tido um que de show, midiático, aparentemente voltado para demonstrar a população que a justiça é igual para todos. Creio que o cidadão quer na verdade, é que pobre ou rico, viva em paz e tranquilidade e seja tratatado dignamente. Manchete em páginas policiais não é o que quer.

A propaganda negativa desta semana em que houve o roubo de valores dentro da sede do Rio de Janeiro, vem somada a não solução do caso da sede do Banco Central em Fortaleza. Caso não sejam resolvidos estes e outros casos, de repercussão tão intensa quanto, nem propaganda vai ajudar.

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POLÍTICA DE PRIVACIDADE

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