quinta-feira, 20 de outubro de 2005

Corrupção

Editorial do JB:

De mal a pior


A queda brasileira no ranking mundial da corrupção é um desgaste a mais para o governo do presidente Lula. O comandante petista costuma dedicar esforços verbais para convencer suas platéias de que nunca se combateu tanto a corrupção quanto no seu mandato. O país ocupa a 62ª posição, de um total de 158 países, no Índice de Percepção da Corrupção, criado pela organização não-governamental Transparência Internacional. No ano passado, o Brasil estava em 59º, mas o universo era de 146. Em outras palavras, a integridade brasileira não melhorou. Confirma-se a ausência histórica de medidas eficazes de combate à corrupção - enfatizada num momento cristalino de escancaramento das vísceras de uma política aniquilada moralmente por sucessivos e escabrosos episódios de assaltos ao dinheiro público.

O Brasil inclui-se no grupo de países com ''níveis graves de corrupção'', de acordo com a avaliação de dez instituições internacionais ouvidas pela Transparência Internacional. Como lenitivo para a desgraça oficial, resta sublinhar que nações como Cuba e Colômbia encontram-se à frente do Brasil. No primeiro caso, tem-se uma imprensa sob censura - portanto, todas as evidências de corrupção são apagadas pelo ato discricionário da ditadura de Fidel Castro. Dos colombianos, lembre-se que metade vive controlada pela força do narcotráfico. Outras ditaduras nos superam. Apesar dos critérios imprecisos da lista, é desastroso para o Brasil permanecer em patamares inferiores do ranking mundial. Trata-se de uma enorme barreira para a atração de negócios. E, sobretudo, um torvo sinal para governo e políticos em geral.

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